terça-feira, 26 de junho de 2012

Minha terceira gravidez

Pois é!
Cá estou eu novamente depois de exatos 11 meses que andei afastada do blog...
A minha maior vontade era vir aqui escrever, mas é tanta coisa que a gente vive, tanta coisa que a gente sente, tanta coisa pela qual a gente passa...
Nestes 11 meses que se passaram, muita coisa aconteceu: logo que me recuperei do aborto perdi meu pai que estava sofrendo com câncer, fiquei seriamente deprimida, adquiri um novo hobby (fotografia), fiquei grávida mais uma vez sem sucesso e fiz uma viagem para a Europa...
Dentre todos estes acontecimentos, bons e ruins, o que mais me abalou foi a morte do meu pai, mas como o assunto do blog é outro...

Minha última gravidez (a terceira), em março deste ano, foi ectópica. Na trompa.
Como eu já estava bem avisada de que nem tudo que parece ser, é, guardei segredo e só contei para minha mãe e meu marido quando fiz o teste de farmácia.
Logo depois fiz o beta e o resultado foi 106mUI/mL.
Marquei a eco pra uns dias depois e, mais uma vez, nada se viu (nem saco gestacional desta vez...).
Sentia muitas dores fortes na barriga e sabia que alguma coisa estava errada, quando, finalmente, começei a sangrar.
Durante alguns dias perdi bastante sangue e tinha quase certeza de estava sofrendo mais um aborto natural, mas como já era experiente no assunto, sentia que a quantidade e a viscosidade do sangue não estava bem do jeito que devia ser para uma simples perda.
Voltei ao médico, que pediu mais uma eco e outro betaHCG.
Na ecografia não aparecia nada e no exame de sangue eu estava MASTER grávida! Foi então que o doutor Daniel começou a desconfiar e uma semana depois, numa terceira eco, descobrimos que meu bebezinho estava na trompa esquerda.
Como eu estava sangrando há muitos dias e não eram as 'placas' de sangue do outro aborto, ele sugeriu que a cirurgia fosse naquele mesmo dia, uma sexta-feira, à noite, para que não corrêssemos o risco de sofrer com maiores complicações.
Pacientemente ele me explicou tudo o que poderia acontecer, quais eram as minhas chances de não perder trompa e disse que dependendo de como andasse a videolaparoscopia, havia a possibilidade de nao conseguir só com o vídeo e, então, a alternativa seria fazer uma abertura como a cesareana para visualizar bem as condições e tirar o embrião corretamente.
Fiquei chocada, mas engoli seco, chorei durante alguns minutos e encarei o leão!

Acho que não tem necessidade de maiores detalhes de sofrimento físico e emocional, então, vou resumir o assunto dizendo que, infelizmente, perdi a trompa esquerda e agora só tenho metade de mim trabalhando à meu favor no desejo de SER MÃE!

Mas não vou desanimar! Agora que já se passou algum tempo e estou no meio da recuperação (ainda tomando pílula), minha cabeça já está bem melhor e estou tocando a bola pra frente!

BEIJOS FÉRTEIS E POSITIVOS (continuará sendo sempre o meu lema!),

Lully's