quarta-feira, 31 de julho de 2013

Qual a porcentagem?


Números, números, números.
 Uma mulher normal (quis dizer saudável) tem de 18 à 22% de chances de engravidar a cada ciclo.
Este número cai drasticamente para 2 e 5% após os 35 anos de idade.
As minhas chances (saudável, menos de 35 anos, com somente uma trompa uterina) ficam entre 7 e 10% a cada ciclo.

Canso de dizer que "só tenho um lado que funciona", "trabalho só pela metade" e outras coisas mais, mas na verdade eu sei que existe a possibilidade de conseguir engravidar com um óvulo liberado pelo ovário esquerdo, mesmo não tendo mais a tuba uterina esquerda.

(Nos meus tempos de estudante eram "Trompas de Falópio" e todos confundíamos com as "Trompas de Eustáquio". Pouco depois elas todas foram gentilmente substituídas por "Tubas Uterinas" e "Tubas Auditivas" facilitando muito a compreensão de todos.)

Simplificando um pouco as coisas, podemos dizer que ovulamos no ovário esquerdo em um ciclo, no ovário direito no próximo e assim sucessivamente, sempre alternando os lados.
Na prática não acontece exatamente isso, mas quase isso!

Fica mais fácil de perceber isso quando podemos fazer acompanhamento de ovulação com ecografia.
Posso afirmar pois em dezembro passado, meu exame mostrou que estava ovulando no "lado bom" e fiquei muito frustrada quando não consegui o positivo.
No mês seguinte, novamente ovulei do lado direito e durante uma viagem CONSEGUI!

Conheço muitas meninas (uma pessoalmente) que comprovadamente engravidaram de um óvulo que foi liberado pelo ovário que não tinha trompa funcional.
A trompa do lado oposto se estica e busca o óvulo, fazendo a ponte para a sua jornada até o útero onde, fecundado, inicia a fase de implantação do embrião.

O corpo humano é inteligente e sabe exatamente o que precisa ser feito.
Não vou entrar na questão "Criação" porque já me desentendi com muita gente, mas o que quer que tenha "construído" o homem e a mulher, deu prioridade certamente para a "multiplicação".

Beijos férteis e positivos,

Lully's

PS.: desculpem pelo vocabulário, piadinhas, aspas, caixa alta e afins. Estou no período fértil e nem eu mesma consigo entender a confusão de hormônios dentro do meu corpo... =)

segunda-feira, 29 de julho de 2013

3 causas de infertilidade feminina

(Eu preciso me convencer de que se não escrevo no momento que está tudo fresco na minha memória, ou seja, logo que saio do consultório do médico, acabo esquecendo e todas as informações ficam sem sentido. Ainda mais para uma bióloga de araque como eu...)

Falando ainda da minha primeira (e única até o momento) consulta com o Dr. Cristiano Salazar, preciso dizer que tivemos os 70 minutos mais produtivos dos últimos tempos!
Ele entrou num tópico que muito me interessa e que, ele mesmo, denominou como "as três causas da infertilidade feminina".

Logo depois de olhar tooodooosssssss os meus exames e fazer um breve histórico meu, ele largou caneta, computador e papéis, me olhou nos olhos e começou a me explicar uma série de problemas que podem estar acontecendo comigo, que podem ainda não ter sido diagnosticados por falta de pesquisa, e que possivelmente sejam a causa dos meus abortos de repetição.

*Lembrando que só tive três abortos de repetição, já que a gestação ectópica não pode entrar juntos nesta soma.*

Ele disse que os abortamentos acontecem geralmente por 3 motivos: problemas hormonais, problemas genéticos/imunológicos e problemas anatômicos.

As questões hormonais (na minha opinião) acho que são sempre as mais complicadas. São muito mais difíceis de "ver" e raramente são constantes.
Não é à toa que os homens fogem das mulheres quando não encontram a explicação para o turbilhão de emoções que podemos vivenciar em um mesmo dia.
Geralmente o que mais atrapalha as tentativas de gestar são os "T"s, da tireóide.
Também sei que níveis altos de prolactina são causa de infertilidade. O exame deve ser feito no período certo do ciclo para saber se há ou não alguma alteração desfavorável.
Não posso me aprofundar muito no assunto porque tenho tudo bem controlado e certamente não é essa a causa dos meus problemas.

Geralmente os casos mais inexplicáveis de infertilidade são causados por problemas genéticos ou imunológicos.
(na verdade acho que dizem isso porque como é muito mais difícil encontrar, explica o fato de ninguém descobrir nada, tipo o famoso e sublime diagnóstico de VIROSE)
Como eu já falei aqui, existe uma longa série de exames que podem ser feitos para tentar detectar qualquer alteração que explique o aborto de repetição.
O Dr. Salazar me garantiu que numa escala de 0 à 100, minha mutação genética é preocupação 0,1 e que certamente não é o motivo dos meus problemas.
É sim um aspecto importante que deve-se levar em consideração, mas apenas quando associado à produção de enzimas que desencadeiam outros fatores. Como não tenho tais enzimas, não preciso me preocupar.
Algumas mulheres precisam tomar vacinas quando o próprio sangue e o sangue do marido não combinam (acho que o fator RH), mas não vou me aprofundar aqui porque também não é o meu caso.

Agora que a coisa fica boa:

E OS PROBLEMAS ANATÔMICOS?

Calmamente o médico explicou que existem algumas imperfeições que podem causar abortos nas mulheres.
Disse que o fato de eu ter tido uma gestação ectópica aumenta consideravelmente as chances de eu ter uma nova ectópica na outra trompa.
(Pensa na minha cara de sabão escorrido quando ele disse isso!)
Por uma série de diferentes fatores o óvulo fecundado pára no meio do caminho e se impanta nas paredes das tubas. Se isso aconteceu uma vez, as chances dos mesmos fatores continuares atuando no nosso organismo são altas.
Provavelmente a minha explicação é uma Clamídia mal tratada que chegou até às trompas e às comprometeu.
O que acontece é que esta bactéria compromete os cílios que possuímos dentro da tuba e que são responsáveis pelo transporte do óvulo até o útero.
Elas agem como 'ondas' empurrando o futuro embrião até o lugar certo para ocorrer a implantação.
Obviamente se isso ocorre de um lado, pode ocorrer do outro.
Inclusive tenho em casa uma requisição para fazer histerossalpingografia, mas de nada me adiantaria porque que sei que 'a parte que ainda tenho, funciona' e o que ajudaria mesmo saber, não temos como descobrir.

O que mais me deixou perplexa foi saber que existe um exame chamado HISTEROSCOPIA, que já falei aqui, que é simples, rápido, tem cobertura do convênio e NENHUM MÉDICO NUNCA HAVIA ME DITO.
Ou seja, só agora que soube do exame, estou aguardando vaga no hospital pra fazer a marcação (tem que ser feito no centro cirúrgico) e caso tenha alguma imperfeição, será resolvida na hora e todo o tempo que perdi até hoje foi em vão!

Resumo da ópera: sempre que disserem "não olha no Google", "pare de procurar na internet", "deixa que o médico sabe tudo e só ele pode resolver", NÃO ACREDITE! Converse, procure mais informações, fale com outras mulheres e SE AJUDEM!
Não existem reis da verdade nem verdades absolutas. Todos podem deixar passar algo ou serem realmente incompetentes.
Nunca dê sorte ao azar!

Beijos férteis e positivos,

Lully's

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Mais uma amiga gravidíssima!

Quem acompanha a Mãe de Guri já deve ter visto que ela está transbordando de alegria com o positivão lindo que ela acabou de pegar...
A Ângela é minha amiga de algum tempo, mas a gente acabou se aproximando de verdade depois dos meus problemas todos.
Nós fomos apresentadas pela minha madrinha de casamento, Renata, e ela inventou de casar com o meu bixo na faculdade, o Guto. Pode isso? Porto Alegre é um ovo, mesmo...
Mesmo antes disso ela já era muito amiga do meu marido!

Lembro como se fosse hoje que na minha segunda gestação, quando estava na emergência do hospital, sofrendo com o descolamento de placenta e já sabedo que não ia dar certo mais uma vez, ela telefonou para saber como eu estava e nós choramos juntas conversando...

Naquele momento eu descobri que a nossa ligação era muito maior do que todas as concidências da vida e que éramos de fato grandes amigas!

Saber agora que ela está esperando mais um bebê e declarando sua felicidade para todos, me fez voltar ao pensamento (quase que inevitável) que as pessoas tem à meu respeito.
Isso voltou tão forte no meu coração que me obrigou a fazer um desabafo no meu perfil pessoal do Facebook:

"Sabe...
Ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, eu fico MUITO FELIZ quando descubro que alguma amiga está grávida!
Há muito tempo eu já passei da fase do rancor, do "por que comigo?" e da tristeza profunda...
Se sou feliz? Não, completamente feliz eu não posso dizer que sou. Falta um pedaço de mim no mundo. Sobra amor no meu coração... Muito amor!
Mas ficar triste com a felicidade dos outros? Isso é pra gente que vive na amargura e eu não sou assim!
Eu espero que esse momento nunca chegue, mas e se um dia eu descobrir que nunca vou poder levar uma gestação até o final? O que eu vou fazer? Me matar? Chorar eternamente?
Podem contar que vão ser nessas cabecinhas piolhentas que eu vou me segurar!
E vai ter que ser o filho de VOCÊS que eu vou estragar...
Um beijo muito forte e com muito carinho bem dentro do coração de todas as minhas amigas grávidas, mães E MÃES GRÁVIDAS!!! ♥

Felicidade sempre!"

Quem me conhece, sabe de todos os problemas que já enfrentei e que venho enfrentando, até porque sempre fiz da minha vida um livro aberto (para os que sei que não querem o meu mal) deixando claro que a falta de informação que eu tinha me fez ficar mais infeliz durante muitos momentos.
Infelizmente a grande massa está muito acostumada com a história da família feliz que não tem problemas e vai no parquinho com os filhos no domingo à tarde e não sabe bem como lidar com os problemas quando eles aparecem...
Mas o fato de as pessoas não saberem ou não terem o que dizer não dá o direito de me julgarem amarga, azeda ou o que quer que pensem que eu sou!
Não fui criada para querer o mal dos outros só porque não consgio satisfazer os meus desejos e não exponho a minha vida para que sintam pena. Faço isso porque quando entro em uma livraria, só vejo mulheres barrigudas nas capas dos livros ou então bebês alegres balançando chocalhos.

O texto de hoje é sim um desabafo!
Peço desculpas se atingi alguém com as minhas palavras, mas é como eu me sinto.
Depois que comecei a escrever aqui, já recebi muitos (MUITOS) depoimentos de mulheres que já passaram por problemas parecidos com os meus e que me fazem perguntas, pedem dicas, questionam sobre os exames ou simplesmente demonstram algum tipo de apoio dizendo que torcem por mim!
Isso pra mim é o que vale!

Eu sou muito mais forte do que imaginam e o meu coração é muito maior do que o que cabe no meu peito!

Beijos, MUITOS BEIJOS, férteis, positivos e cheios de saúde para quem tem amor no coração!

Lully's

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Você sabe quando está ovulando? Parte III

O método da tabelinha é muito parecido com a contagem de dias para os testes de ovulação que falei aqui e também pode ser acompanhado pela verificação da temperatura basal na elaboração dos gráficos que falei aqui.
Mas um outro fator muito importante deve ser levado em consideração: o muco cervical.

Os diferentes tipos de muco aparecem em períodos bem específicos do ciclo menstrual. Todas as mulheres apresentam. Umas mais e outras menos, assim como as dores de ovulação.Eu mesma sofro muito. Acho que sofro mais nos dias que estou ovulando do que nos dias que estou menstruada, pois minhas cólicas são tão fortes que só melhoram com remédio.

Os mucos são divididos em seco (dry), 'esticável' (sticky), cremoso (creamy), aquoso (watery) e clara de ovo (eggwhite).Na mioria das vezes, mesmo em páginas do Brasil, os nomes aparecem em inglês. Isso acontece provavelmente porque aqui ainda não exista tanta pesquisa nesta área e as meninas acabam por 'aportuguesar' as expressões.

No início do ciclo o sangramento da menstruação não nos deixa perceber o muco, mas logo em seguida já podemos observar que ficamos um pouco 'úmidas'. É nesse momento que nosso corpo já está se preparando para a fertilidade.
Dias depois, esta secreção que era pouca e bem aquosa começa a aumentar e tomar um aspecto mais 'firme' como se fosse uma clara de ovo, levando o corpo da mulher para os seus momentos mais férteis.
Este muco, também chamado de 'eggwhite' logo se apresenta com um aspecto muito espesso, parecido com uma cola que se pode 'esticar' nos dedos (exsitem imagens muito engraçadas na internet desse muco, inclusive).
Depois disso ele fica mais aquoso novamente, até 'engrossar' e ficar muito semelhante à um creme hidratante, quando já passou o período de pico fértil.

Toda essa nomenclatura e sintomas são muito variáveis e mudam de mulher pra mulher ou até mesmo de um ciclo pro outro. Por isso que eu sempre insisto que o mais importante é CONHECER O SEU PRÓPRIO CORPO!

A regra geral (que também possui exceções) é que o nosso "dia D" da ovulação ocorre 14 dias antes do dia do início da próxima menstruação, diferentemente do que costumam ensinar e do que encontramos na internet sobre o assunto.
A história que a mulher ovula 14 dias depois do início da menstruação só vale para as mulheres que tem o ciclo dos sonhos de 28 dias. Para todas as outras, que possuem ciclo de 27, 29, 30 dias, isso não se aplica!

Ainda assim, ainda temos que lidar com as exceções. A mais comum delas é a 'ovulação tardia' que como o nome diz, ocorre mais tardiamente do que o normal.

Basicamente, para um ciclo de 28 dias, a melhor data para o início dos treinos é no 11º dia do ciclo (11DC como constumamos colocar) e o final no 17º dia. Assim você fica com 3 dias antes do dia da ovulação, 3 dias depois e mais o "dia D".

Ainda existe muita discussão sobre a indicação de ter relações dia sim, dia não ou todos os dias.
Alguns médicos dizem que treinando todos os dias o esperma fica com poucos espermatozóides concentrados, diminuindo as possibilidades de algum deles fecundar o óvulo.
Mas caso o casal demore muito para conseguir um positivo, o ideal é pedir pro homem fazer um espermograma para ver a qualidade do esperma e dos espermatozóides.
Muitos maridos não gostam nem de ouvir falar, mas acho que é preciso explicar que para que a paternidade aconteça também é preciso de algum esforço por parte deles, afinal de contas, a mulher já sofre com os enjôos, as privações e a dor nas costas durante 40 semanas.

Beijos ferteis e positivos,

Lully's

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Você sabe quando está ovulando? Parte II

Uma outra boa forma de verificar quando estamos ovulando é medindo a temperatura basal.
Você sabe como fazer isso? Já ouviu falar?

Medindo a temperatura no nosso corpo em repouso durante todo o nosso ciclo, podemos encontrar um padrão que é capaz de explicar muitas coisas.
Primeiramente precisamos entender "qual" é a nossa TEMPERATURA CORPORAL BASAL.

É considerada temperatura basal, a temperatura medida logo ao acordar, antes de realizar qualquer atividade, antes até de sentar-se na cama e após, no mínimo, 6 horas de sono ininterruptas.

O ideal para fazer isso são os termômetros digitais próprios para este fim, pois possuem precisão centesimal, mas infelizmente são difíceis de encontrar para comprar.
Existe um produto da 3M Nexcare que é específico para isso, mas até hoje só encontrei no e-Bay e fora do Brasil.
É claro que tudo pode ser feito com um termômetro normal, mesmo. E é desta forma que eu mesma faço.
TODOS OS DIAS DURANTE TODO O CICLO é preciso verificar a temperatura e  anotar para fazer as comparações.

Durante os primeiros dias, temos a FASE FOLICULAR.
Nesta fase nossa temperatura corporal é sempre mais baixa, podendo permanecer abaixo dos 36ºC até o fim. Sua duração varia conforme a duração do ciclo menstrual (de 12 a 16 dias, geralmente).

Logo depois da fase folicular, vem a FASE OVULATÓRIA com cerca de 2 ou 3 dias. Neste período a temperatura tem um ligeiro aumento de 3 a 6 décimos gerando o que chamamos de 'pico de ovulação'.

Após isso, temos a FASE LÚTEA onde a temperatura mantém-se elevada até o início da fase folicular novamente com a chegada da menstruação.

Já no dia que a menstruação chega, a temperatura tem uma queda brusca, então pela manhã já sabemos que não precisamos nem perder tempo (e dinheiro) fazendo teste de gravidez. Claro que isso não é uma regra, mas geralmente a temperatura se mantém alta quando a gravidez acontece pois é nesse momento que temos o início da implantação do embrião na parede do útero. Muitos conhecem isto como nidação.
Muitos sites e aplicativos para telefone colocam todos estes dados em gráficos para facilitar a visualização da temperatura como eu já falei aqui.
Eu acho este método um dos melhores pois ajuda muito a conhecer o próprio corpo e não custa nada.

Vocês medem a TB? Gostam?
Conta aí ;)

Beijos férteis e positivos,

Lully's

terça-feira, 16 de julho de 2013

Você sabe quando está ovulando? Parte I

Pra quem está tentando engravidar, saber é o seu período de ovulação é essencial para que o ciclo não seja perdido.
Cada organismo é diferente do outro e os sintomas podem variar (e muito) de mulher para mulher, mas depois que aprendemos como funciona o nosso próprio corpo tudo se torna muito mais fácil.

Existem métodos que facilitam a identificação do período fértil, entre eles estão os testes de ovulação comprados nas farmácias (parte I), a verificação da temperatura basal (parte II) e a famosa tabelinha (parte III).Resolvi dividir o assunto em três postagens para poder falar bastante de cada um e não deixar o texto muito longo.

As tirinhas de teste de ovulação (muito parecidas com as tirinhas de teste de gravidez) ainda são muito caras no Brasil.
Quem prefere este método aos outros, infelizmente sente no bolso, pois uma caixinha com 5 tirinhas custa cerca R$20,00 nas farmácias, porém o ideal pra quem não tem ideia da sua ovulação seria usar de 10 à 12 tirinhas por ciclo, pelo menos.
Só para terem ideia, nos Estados Unidos é possível comprar quase 100 tirinhas de testes (ovulação ou gestação) com este mesmo valor.

Por que precisamos de 10?
A caixinha vem com 5 unidades para que você possa testar durante 5 dias, mas dessa forma, fazendo somente 1 por dia, é quase (veja bem, QUASE) impossível de pegarmos o pico de ovulação.
Isto acontece porque a segunda linha do teste SEMPRE irá aparecer.
O hormônio luteinizante (LH) que é detectado nestes testes é produzido no corpo da mulher durante todo o período do ciclo.
Acontece que durante a ovulação, o LH é produzido numa taxa bem maior que o normal e é nesse momento que a linha do seu teste ficará DA MESMA COR QUE A LINHA CONTROLE.
Isso dura somente algumas poucas horas.
Mesmo não ovulando, a linha sempre irá aparecer, porém bem mais fraca.
Se fizermos somente um teste por dia, fica mais difícil, não concordam?
Como a ovulação ocorre, em média, 14 dias antes do primeiro dia da próxima menstruação, a tabela acima mostra qual dia do ciclo (DC) é indicado para o início das tentativas.
Obviamente as mulheres que não tem ciclos regulares terão mais dificuldade, mas fazendo as contas e comprando várias tiras de teste é possível, sim!
A realização é muito simples. Assim como os testes de gravidez, o hormônio é detectado pela urina e o resultado pode-se vizualizar em cerca de 3 minutos.
O ideal é que sejam feitos 2 por dia, um pela manhã e outro no fim da tarde, assim fica mais fácil de conseguirmos ver o pico de LH nas tirinhas.
Eu já usei muito estes testes de ovulação e recomendo.
Como eu aprendi como funciona o meu organismo, já não preciso mais. Apesar de a cada nova gestação o meu corpo se modificar um pouco e eu ter que 'me aprender' novamente...
Parece que a cada nova curetagem eu me transformo em outra pessoa e meus sintomas todos se modificam!

Amanhã eu volto com a parte II, falando da verificação da temperatura basal.

Beijos férteis e positivos,

Lully's

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Adenomiose???

Como nada que acontece comigo é muito simples (e eu já me acostumei com isso), agora vem mais uma novidade pra lista: ADENOMIOSE!
Não foi diagnosticado, é apenas uma suspeita que apareceu no laudo do anátomo da minha última curetagem, agora em março.

Foi assim: como o médico anterior ME ABANDONOU (não tenho medo nem vergonha de escrever assim porque foi exatamente o que aconteceu e não estou inventando nada), resolvi fazer um dossiê para apresentar para o novo médico e para ter sempre à mão pra quando precisasse.
Fui até o consultório do antigo médico e pedi os meus exames de imagem que ele tinha, pois houve a suspeita de mola durante o acompanhamento e ele fazia as ecografias de dois em dois dias.
Peguei as imagens e aproveitei para pedir uma cópia do anátomo patológico para guardar. Nem tinha me preocupado porque ele já tinha dito que estava TUDO NORMAL.
Para meu espanto, ele não tinha o tal exame no meu arquivo.
OK. Já que era um exame normal, mesmo..., pra que guardar, né? (médio, né?)
Perguntei se eu teria como conseguir o laudo e ele disse o nome do laboratório para eu buscar.
Hoje eu telefonei e a secretária da clínica me enviou por e-mail.

SURTEI!

"Restos ovulares, tecido endometrial" blá blá blá "Decídua gravídica, padrão gestacional" blá blá blá 
"...PODENDO CORRESPONDER À FOCO DE ADENOMIOSE"

Oi?

Ainda estou em estado de choque, afinal, NORMAL pra mim é outra coisa. Sem foco de nada!
Dei aquela googleada básica pra tentar descobrir um pouco mais porque nunca tinha ouvido falar disso na vida.

Parece que a adenomiose é uma doença relacionada à baixa produção de progesterona e geralmente acomete mulheres entre 35 a 50 anos.
Algumas fibras musculares do útero se hipertrofiam podendo causar até a hipertrofia do útero.
Não encontrei muitas explicações sobre a causa da doença, mas parece que ocorre em mulheres que tiveram parto recente ou fizeram ligadura das trompas.
Parece que é a 'invasão do endométrio na musculatura uterina'.

Imagem retirada daqui.
Não posso relacionar, porque sou realmente leiga, mas já não tenho uma das trompas e fiz uma curetagem recente (e outras duas não tão recentes).

Encontrei este site e me deparei com uma frase que me causou um frio na espinha:

"A doença dificulta a implantação do feto aumentando os riscos de abortamento."


Será a minha explicação?
Será que é por isso que eu perco tanto?
Será que tem tratamento e "cura"?
Será???

Beijos férteis, ESPERANÇOSOS e positivos,

Lully's

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Médico novo: Histeroscopia

Após o meu quarto aborto e o "abandono" do meu antigo médico, precisei sair em busca de outro.
Há muito tempo atrás (mais de ano), a Manu, amiga queridíssima e mãe do Fernando e da Cecília, havia me comentado sobre um médico chamado Cristiano Salazar, aqui de Porto Alegre.
Lembro que na época eu tentei marcar uma consulta, mas o primeiro horário disponível era em 4 ou 5 meses e não quis esperar.
Há duas semanas atrás fui na emergência do hospital com suspeita de embolia pulmonar (fiquei internada 6 dias) e o Dr. Danilo Bueno, cardiologista, me atendeu e foi muito atencioso com meu caso.
Ele foi tão cuidadoso e querido comigo que (nunca vou poder agradecer à altura) conversou pessoalmente com o Dr. Cristiano para que me atendesse (sendo que meu marido já havia entrado em contato e o primeiro horário era para final de novembro).
Ontem teve essa história toda de greve geral e uma das pacientes dele desmarcou.
A SECRETÁRIA ME ENCAIXOU NO HORÁRIO VAGO!
Impossível descrever a minha felicidade...


Conversamos durante quase uma hora e meia e ele me abriu os olhos para muitas outras coisas que deveriam ser pesquisadas e questionadas com relação aos meus 4 abortos.
Uma delas é a minha "anatomia" para receber o embrião.
Como já passei por 3 curetagens (uma das gestações foi ectópica, então o médico fez videolaparoscopia), alguma delas pode ter deixado cicatrizes no meu útero fazendo com que a implantação (nidação) do embrião seja dificultada.

O melhor de tudo: é possível descobrir isso com um exame chamado HISTEROSCOPIA e, em caso de algum problema, pode ser resolvido cirurgicamente!
Não é demais?

Sim, é feito no ambulatório, não é tãããoooo simples assim, é feita aplicação de anestesia, blá, blá, blá... Mas pra quem já passou pelo que eu passei isso não é motivo pra frescura, né? Vamo combiná!

Sobre o exame:
É feita a anestesia, a mulher fica em posição ginecológica (parecido com a curetagem) e é introduzida uma câmera pelo canal vaginal que filma e fotografa o útero por dentro.
Esse procedimento é muito utilizado em mulheres mais velhas, geralmente após a menopausa, que possuem pólipos.
Fiz algumas buscas na internet e em um dos sites que consultei, se não me enganho era de uma revista da editora Abril, dizia que "Histeroscopia é um exame fundamental na busca da explicação para a infertilidade." e me custa acreditar que NINGUÉM, nenhum dos meus mil médicos que me acompanham ou já me acompanharam, nunca havia me falado desse exame.

Enfim, o que passou passou e estou muito contente por investigar cada vez mais o meu corpo pra tentar chegar mais perto da descoberta que vai me fazer segurar meu filho, ou filha, OU AMBOS nos meus braços!

Beijos férteis e positivos,

Lully's

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Harmony Prenatal Test

A maioria das gravidinhas conhece um exame chamado AMNIOCENTESE, não é?
Para as que não conhecem, eu explico: é um exame invasivo, geralmente indicado para mulheres mais velhas (mais de 37 anos de idade) que correm risco maior de gestar bebês que tenham algum tipo de má-formação ou alguma trissomia*.
Para a realização da amniocentese é necessário retirar um pouco de líquido placentário da gestante para ser analisado. Durante esse processo, existe um risco pequeno de cerca de 1% de prejudicar o feto.
Para uma mãe, o menor risco que exista já é algo com o que se preocupar e preocupação não é a melhor coisa para uma grávida sentir, não é?
PARA NOSSA ALEGRIA (rsrs), foi desenvolvido um novo exame que se chama Harmony Prenatal Test e é capaz de mostrar as mesmas informações que a amniocentese sem apresentar risco algum, tanto para mãe quanto para o bebê.

Com apenas uma amostra do sangue materno já é possível obter os resultados e ficar tranquila durante toda a gestação.
Só nos resta saber se os planos de saúde vão cobrir os gastos para realização deste exame.
Pesquisei nos sites das maiores operadoras e não encontrei nada à respeito, mas assim que tiver nova consulta com meu médico vou questioná-lo e volto para informar vocês.

Beijos férteis e positivos,

Lully's


* Trissomia é quando além da carga genética da mãe e do pai, um terceiro cromossomo é inserido na cadeia de DNA do bebê, fazendo com que ele tenha alguma doença. A mais comum delas é a trissomia do cromossomo 21, que causa a Síndrome de Down.