terça-feira, 27 de agosto de 2013

Capacitação espermática

Fazendo um espermograma é possível descobrir que tipos de espermatozóides são encontrados no sêmen dos maridões.
Cada laboratório utiliza uma nomenclatura diferente, mas todos se referem às mesmas características.
Basicamente existem 3 tipos de espermatozóides: os que possuem MOTILIDADE PROGRESSIVA, os que possuem MOTILIDADE NÃO-PROGRESSIVA e os IMÓVEIS.
Segundo critérios da OMS (2010) a soma dos espermatozóides com mobilidade progressiva com os de mobilidade não-progressiva deve ser superior à 40% do total da amostra.
(Ainda temos mais os NORMAIS e ANORMAIS quanto à morfologia, mas segundo os médicos este dado não é tão importante quanto as informações de motilidade)
Imagem retirada daqui.
O que é e qual a finalidade de incluir a capacitação espermática no exame?

A capacitação é bem como o nome diz: mostra a 'capacidade' que o espermatozóide tem de penetrar a barreira do óvulo e conseguir fecundá-lo.
Em laboratório, a amostra de sêmen é colocada sob microscópios especiais de alta visualização para analisar a porcentagem de espermatozóides que tem MOBILIDADE PROGRESSIVA RÁPIDA.
Sim, porque não basta ter mobilidade. Não basta ter mobilidade PROGRESSIVA.
TEM QUE SER MOBILIDADE PROGRESSIVA RÁPIDA! pá pá pá pá pá
(E a gente continua ouvindo: "mas doutor, eu esqueci de tomar a pílula só um diazinho..." rsrs)

Como o tempo de vida dos espermatozóides é de até 72h, mesmo 'nadando' devagar é possível chegar até o óvulo, porém encontraria dificuldades em romper a sua membrana e penetrá-lo.
A pequena porcentagem, considerada como 'categoria A', é a que realmente tem as maiores chances de conseguir a fecundação.

(Acho que agora entendo aquele papinho do "todos somos um espermatozóide vencedor".)

A maioria dos médicos pede somente o espermo comum.
Se o doutor for pedir este exame pro marido, veja com ele a possibilidade de incluir a capacitação no pedido. O plano de saúde cobre normalmente e é um 'plus a mais' pra ajudar na solução da sua investigação.
O mais importante é não desanimar com o resultado do espermograma da marido, avaliar todas as opções, ouvir as explicações do médico e bola pra frente!

Beijos férteis e positivos,

Lully's

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Dr. João Paolo Bilibio

O médico que fez a minha histeroscopia foi o Dr. João Paolo Bilibio.
Uma das especialidades dele é o tratamento para fertilização in vitro (FIV). Ate gostei quando ele foi indicado pra me tratar também, pois informação nunca é demais, né?
Ele aparece sendo entrevistado no programa abaixo (a partir dos 28min):


Segundo ele, 30% dos problemas de fertilidade são dos homens, 30% das mulheres e 30% do "casal"!
(não sei onde estão os 10% que faltam, mas...)

10% dos casais tem (ou ainda terão) algum tipo de problema de fertilidade.

Até 35 anos de idade, o Conselho Federal de Medicina permite um máximo de 2 embriões à cada fertilização. Entre 35 e 40 anos este número aumenta para 3 e após os 40 anos podem ser imlantados até 4 embriões.
Sempre lembrando que a gestação gemelar sempre tem um risco maior, tanto para a mãe quanto para os bebês.
Com a indução da ovulação para o processo de fertilização é preciso tomar muito cuidado com o hiperestímulo ovariano.
Na FIV, a escolha do sexo do bebê no Brasil só é permitida quando algum problema genético proporciona risco de vida ao embrião. Em alguns outros países esta escolha é permitida.

Beijos férteis e positivos,

Lully's

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Depois da histeroscopia

Como eu recebi alta perto das 23h acabei indo pra casa da minha mãe, pois minha casa fica bem distante do hospital e no outro dia meu marido ainda teria que voltar pra trabalhar.
Ele tinha comprado um sanduíche lindo da Subway pra mim, mas nem estava com muito apetite porque já tinha comido um pãozinho muito sem gosto lá no hospital, mesmo.
Conforme ia me movimentando pra arrumar as coisas e trocar de roupa pra dormir as cólicas começaram. Já comecei com o Buscopan de 6 em 6h.
Como o médico disse pro meu marido que havia um pontinho bem pequeno no meu útero e que ele já tirou na hora para ficar tudo bem, imaginei que tivesse machucado um pouco, porque conforme ia me mexendo, podia sentir um pouco de sangue descendo. Parecido com o finalzinho de uma menstruação.
Dormi profundamente e acordei super tarde, acho que por causa do efeito da anestesia.
Passei o dia todo jogada no sofá, assistindo televisão e comendo. Só levantei algumas poucas vezes pra ir ao banheiro ou pegar água pra beber. Continuei com o Buscopan, mas a cólica continuava bem chatinha.
À noite já estava bem melhor.
Hoje ainda sinto um pouco, mas muito menos e o sangramento também já está quase parando. Como o doutor disse que eu poderia sangrar até uns 10 dias, acho que está tudo bem...

Agora estou na expectativa de pegar o laudo do exame e levar para o médico dar uma olhada!
Seja o que Deus quiser!

Beijos férteis e positivos,

Lully's

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A História da minha Histeroscopia

Cheguei no hospital no horário marcado, 18h, duas horas antes do exame.
Na primeira recepção já me deram papéis pra assinar.
Esperei uns 30 minutos e a menina me chamou pra fazer a minha "internação" e pegar os dados do meu marido pra registrar como acompanhante/responsável (a moça era bióloga e assim como eu nunca conseguiu emprego na área.., a conversa me acalmou).
Terminado isso, voltei para o sofazinho da recepção e aguardei uns minutos até que uma moça muito querida viesse para nos acompanhar até à outra sala. Então ela me olhou e perguntou "A senhora tem algum problema pra subir as escadas? Nós vamos só até o primeiro andar!" e eu respondi, olhando pra barriga dela: "EU não tenho problema nenhum, mas e você? Pode subir escadas com essa barriga? De quantas semanas você está?" E ela calmamente finalizou a conversa: "Posso sim, até prefiro. Estou com 31 semanas e só engordei 3kg até agora. Preciso me exercitar e me alimentar muito bem!"

Fui para mais uma sala de espera e nessa foi a que ficamos por mais tempo. Assisti todo o final do capítulo da novela e mais o telejornal da minha cidade.
Acabaram me chamando pra trocar a roupa perto das 19:30h.
Me despedi do meu marido e fui pro vestiário.
Ouvi meu marido perguntando para a enfermeira quanto tempo o procedimento demoraria e ela respondeu que seria entre 1 e 1,5h. Achei demais, mas não quis interferir.
Tirei a roupa, vesti o abrigo do hospital, guardei minhas coisas no armário e levei a chave comigo.

A próxima sala era uma espécie de triagem.
Verificaram minha pressão, temperatura, fizeram mais mil perguntas e assinei mais outros tantos papéis.
De repente entra o meu anestesiologista (que eu obviamente não conhecia, porque essa gente a gente só conhece na hora do "vamovê", né? rs) e se apresenta pra mim.
Pareceu muito querido, bem simpático e super tranquilo mas confesso que fiquei quase apavorada quando ele começou a perguntar onde tinha que assinar, se o responsável era ele ou o Dr. João e se o procedimento era vídeo ou não. Ele não deveria saber? Affe
Voltei pra salinha de espera e fiquei conversando com as duas mulheres que estavam lá aguardando também.
Uma delas ia retirar um catéter e a outra estava com o DIU deslocado, quase todo na trompa esquerda.
IMAGINA A DOR...
O pior é que ela disse que só doía quando tinha relação com o marido e que estava com ele torto assim há quase um ano e meio... Meu Deus!
A médica dela chegou e ela explicou que era muito sensível pra anestesia e que no dia do nascimento do filho dela acabou acordando só quatro horas depois do parto. A doutora explicou que a anestesia que ela teria agora seria muito mais fraca e que não precisaria se preocupar porque acordaria rapidamente.

Meu médico chegou!
Ele é muito calmo e o tom de voz dele tem a medida certa. Conversamos rapidamente e já liberaram a nossa sala no bloco. Ele mesmo me acompanhou até lá junto com a enfermeira.
Deitei na mesa e o anestesiologista já começou a arrumar meus braços e colar os adesivos de monitoramento cardíaco.
De repente a enfermeira pergunta pro médico: "E o seu braço, doutor? Já melhorou?" Eu pensei: OI? COMO ASSIM???
Ele virou pra enfermeira e eu pude ver a proteção que ele usava no ombro enquanto ele respondeu: "Que nada! Nem pude trabalhar no consultório hoje."
AI MEU DEEUUSSSSSS!!!!!
Depois disso só lembro de começar a sentir a anestesia e pedir pra cuidarem bem de mim, como eu sempre faço, e ouvi uma voz sumindo no fundo: "Pode deixar..."

A hora que a gente acorda é muito louca, né? Porque parece que não aconteceu nada e que estamos só despertando de um cochilo no sofá de casa.
Perguntei como tinha sido e o Dr. João me disse que correu tudo bem e que iria explicar tudo para o meu marido.
Lembro claramente que falava pelos cotovelos. Falei muito, conversei sobre tudo e falei umas coisas sem pé nem cabeça e eles só davam risada da minha cara...
Falei, falei, falei, falei, falei, falei e fui pra sala de recuperação.
Olhei no relógio na parede e eram 20:45h. Deduzi que o procedimento deve ter demorado uns 35 minutos, no máximo, porque houve algum atraso na liberação das salas.
Lembro que estava com MUITA coceira no rosto e a sensação era de que tinham me dado morfina. Tanto que a enfermeira procurou no meu prontuário, mas garantiu que não tinha sido o caso.
Como eu estava muito agitada ela me deu algum remédio para me acalmar e Buscopan pois as cólicas já estavam começando.
Relaxei bastante e só tive tempo de ver a minha "colega" de sala de espera, a do DIU, passando de maca e RONCANDO, antes de pegar no sono (lembram que a médica dela tinha dito que ela ia acordar super rápido, né? hahaha).
Dormi uns 40 minutos e já não sentia mais cólica. Ganhei um lanchinho sem graça e logo em seguida já tive alta, por volta de 22:45h, ou seja, fiquei exatamente duas horas na sala de recuperação.

Escrevi pra caramba, né?
E poderia escrever ainda muito mais, porque nem falei de tudo que se passou na minha cabeça nesses momentos todos...

Beijos férteis e positivos,

Lully's

PS.: quando ganhei alta a amiga do DIU continuava roncando e sem sinal de que iria acordar!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Suspensão da venda de planos de saúde

Conforme exigência da ANS e resolução publicada em dezembro de 2011, os planos de saúde que descumpriram os prazos para marcação de exames e consultas tiveram as suas vendas suspensas.
Somente no último trimestre ocorreram 17.417 queixas contra 553 operadoras.
Veja a lista completa dos planos suspensos AQUI!

Beijos férteis e positivos,

Lully's
***Depois de ter preparado a postagem, soube que a ANS voltou atrás na suspensão e ainda está analisando caso a caso. Mesmo assim fica aqui o alerta de que existem problemas (e não são poucos) e esperamos que as regras sejam cumpridas, uma vez que pagamos por um serviço que deveríamos ter gratuitamente no SUS.***

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Beta HCG

Um dos requisitos para a realização da histeroscopia é não estar grávida, obviamente.
Para isso, o Dr. João me solicitou que fizesse um Beta HCG no dia anterior ao exame para termos certeza e para anexar ao meu prontuário.
Eis que sai o resultado e aííííííííííííí:


NÃO ESTOU GRÁVIDA!
(hahahahahahahahahahahahaha)
Pela primeira vez eu fiquei feliz por saber que não estava grávida, já que era exatamente este o objetivo...
Já parei de tomar o AAS na semana passada, já assinei o termo de consentimento (aquele que diz que eu posso passar mal com a anestesia, podem furar meu útero durante o exame, etc...) e agora é só morrer de fome a partir do meio-dia de amanhã e aguentar o jejum!
Rezem por mim para que o exame seja perfeito e que uma nova e boa caminhada se inicie logo, logo na minha vida, ok??

Beijos férteis e positivos,

Lully's

sábado, 17 de agosto de 2013

Histeroscopia autorizada

Para o meu querido plano de saúde (Unimed S2) autorizar a minha histeroscopia, eu precisava enviar alguma ecografia feita pelo médico que me solicitou o exame.
Acontece que só vi o Dr. João uma vez na minha vida inteira!
Depois de toda a minha peregrinação à procura de um médico bom que me desse novas alternativas para desvendar os meus problemas (nem sei com quantos eu já consultei), acabei caindo no Dr. Cristiano que me sugeriu este novo exame, mas disse que eu deveria conversar com algum médico especialista nesta área, já que o exame é feito no centro cirúrgico, dentro do hospital, e é preciso uma anestesia (leve) geral.
A atendente do hospital me ligou e avisou que meu convênio só autorizaria o exame se eu enviasse o laudo para avaliação. Expliquei pra ela que não tinha um exame muito recente e que o último que tenho era de março deste ano (o que nem faz tanto tempo assim, né gente? haha)
Enfim, DEU CERTO!

Laudo da ecografia de 05 de março de 2013.
Um possível saco gestacional (ou não).
Enviei este exame na sexta-feira para o e-mail do hospital e para a secretária do meu médico e já no sábado de manhã recebi a resposta dizendo que o exame estava AUTORIZADO!

*****
Algumas considerações sobre o exame acima:
1) Dr. Ricardo Silveira é o obstetra da minha madrinha de casamento mas nós não nos acertamos muito bem. Esta era apenas uma requisição antiga não usada na época;
2) Eu sinceramente não consigo visualizar um saco gestacional e um descolamento nestas imagens. No máximo e com muito esforço eu enxergo 3 pontinhos junto ao que deveria ser o saco gestacional, mas também não consigo dizer o que esses pontos poderiam ser (quadrigêmeos seria praticamente impossível);
3) Se eu estava com um descolamento, como diz no laudo, como eu não tive nenhum sangramento? Durante 3 semanas fiquei esperando e nada...
*****

Beijos férteis e positivos,

Lully's

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Histeroscopia marcada

Meu aniversário de casamento foi dia 11 de agosto e como passamos nossa lua-de-mel em Buenos Aires, resolvemos retornar para a mesma cidade, mesmo hotel e mesmos lugares para relembrar o quanto foi bom e o quanto estávamos felizes (e ainda estamos MUITO)...
Inclusive, para quem gosta de viajar e quiser saber um pouco mais sobre as minhas maluquices por aí, pode acompanhar o meu outro blog AQUI!
Floralis generica na Recoleta
Acontece que para ir até lá e ficar somente o sábado e o domingo, achamos um desperdício.
Como meu marido teve um dia de folga, marcamos a ida para sábado (10) e a volta para terça (13) de manhã bem cedinho. Consegui minha folga também e já deixei todo o meu serviço bem adiantado pra não ter problemas.
Pois não é que a secretária do médico que vai fazer minha histeroscopia me telefona na sexta-feira à tarde para avisar que havia liberado um horário no hospital para fazer o meu exame no dia 12? Inclusive no hospital que eu preferia...
Fiquei super chateada, mas como não havia solução, desencanei e curti a viagem!
Ontem, pouco antes de ir pra casa, ela me telefonou de novo marcando para quarta-feira da semana que vem, dia 21.
Não vai poder ser no hospital que eu gostaria que fosse, mas é melhor que seja feito de uma vez para que eu fique 100% linda (internamente) para esperar o meu bebê com muita saúde!
Agora é preencher o tal 'termo de consentimento' do exame, parar de tomar o AAS (já parei ontem) e fazer um betaHCG na semana que vem porque é requisito para a realização do exame.
E vamos que vamos!

Beijos férteis e positivos,

Lully's

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Depoimento: Parto cesáreo e curetagens desnecessários

A postagem de hoje é um relato escrito pela minha amiga, jornalista, irmã de vida, dona do Descobrindo a Zona Sul de Poa, Daniele Alves que acompanha bem de perto todas as minhas novidades e que acabou também sofrendo um pouco no ano passado...


"Cerca de 50% das crianças que vêm ao mundo aqui no Brasil chegam por meio da cesárea  (o índice recomendado pela OMS é 15%). Uma cirurgia que envolve o corte de sete camadas do nosso corpo. Além de perigo, por menor que seja, os riscos são maiores, também para o bebê. Ou seja, nao é algo tão simples como muitos médicos dão a entender na hora da consulta para optar por essa versão ou pela normal. Enfim, é bem mais fácil para o profissional ir lá, fazer a operação em algumas horas e estar liberado, quando no outro caso é necessário dedicação por sabe-se lá quanto tempo.  

Bom, a situação acima diz respeito ao lado dourado do qual sempre se comenta: o parto. Mas quando a gravidez não é levada adiante, por aborto retido, por exemplo, o comportamento dos médicos é parecido: dão de cara a opção da curetagem, muitas vezes, desnecessária - uma cirurgia de raspagem do útero, desagradável, que envolve aplicação de Citotec, anestesia e hospital, quando o ideal seria esperar que nosso corpo inteligente fizesse seu trabalho natural: o de eliminar os fragmentos de algo que não deu certo.  

A cureta é um jeito mais prático de resolver a situação para o psicológico da paciente e para os profissionais, que nao precisam lidar com mulheres desesperadas, cheias de dúvidas sobre o porque de estarem sangrando, etc. No entanto, o procedimento traz junto chances de perfuração do útero, de formação de fibrose (q prejudica a fixação do saco gestacional), de infecção, enfim, efeitos que podem interferir em uma próxima gestação. De acordo com a indicação da minha médica, apenas deve ser feito em casos extremos, assim como a cesárea. Ano passado, eu tive um aborto retido e ela optou pela curetagem, mas somente pq eu já estava há mais de um mês esperando e não tive qualquer sangramento, dor ou cólica. Aliás, só descobri que a gravidez nao ia como o planejado pq tinha ultrassom no consultório e um dos exames mostrou que o feto parou de evoluir com 8 semanas.  

No caso de esperar pela eliminação, claro, há alguma chance de infecção, mas que pode ser controlada por meio de eco, medição de temperatura e observação. Pode demorar horas, dias e até algumas semanas para que o material abortivo seja 100% eliminado, envolve cólica e sangramento, mas acho que vale a pena por um bem maior. Se é dificil esperar o curso natural sem enlouquecer, pense que essa opção poderá beneficiar uma futura gravidez. Em alguns casos, acaba não acontecendo por completo e, aí sim, apela-se para a cirurgia.  

Antes de qualquer coisa pare, pense e reflita, não tome decisões no desespero. Na hora, a curetagem pode parecer a melhor opção para resolver logo o problema, mas o importante é estar bem informada sobre as duas opções e nao por pressão do médico.  

Obs: Muito pouco se fala da eliminação natural, mesmo na Internet, a maioria das publicações trata da curetagem. Por isso, ofereci esse post pra minha amiga-irmã Lullys e seu blog, que eu considero de utilidade pública."

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

E o seu relacionamento vai bem?

Muitas pessoas vem me perguntar como estou me sentindo com relação à longa espera até à maternidade e sou muito sincera quando respondo que estou tranquila.
Como bióloga, tenho plena certeza de que, algum dia, se for "possível" serei mãe de um bebezinho lindo gerado no meu próprio ventre.

O que poucas pessoas perguntam, certamente por não ter ideia do quão isso é importante, é se o meu relacionamento com meu marido vai bem.

Somente pelo fato de querer muito um filho que nunca chega, conheço muitos casamentos que não resistiram.
Como o meu caso é um pouquinho mais complexo, muitas vezes senti medo.
O fato de ter tido algum tipo de problema que resultou na perda de 4 gestações, cada uma por um motivo diferente, fez com que eu me sentisse tão incapaz que cheguei ao ponto de duvidar que somente o meu amor seria suficiente para manter o meu casamento.
Essa sensação de impotência foi passando ao longo do tempo (e lá se vão 3 longos anos) mas infelizmente nunca me abandonou por completo.
Seria ótimo se eu pudesse simplesmente dividir essa responsabilidade e acalmar um pouco o meu coração, mas é impossível! Infelizmente o papel de gerar o bebê e carregá-lo durante 40 semanas é apenas da mulher...

Certa vez, em um dos encontros com a minha psicóloga (há muito tempo que não faço mais terapia), ela me comentou que um homem e uma mulher, mesmo que casados, não formavam uma "família" e que os casais só ganhariam o direito à tal denominação a partir do momento que tivessem filhos.
Penso nisso quase todos os dias. Acho que o trabalho da mulher não foi muito satisfatório, né? (risos)

O que eu não respondo (pelo fato de nunca ouvir a pergunta) é que o meu casamento é sim como uma história de conto de fadas e por isso a minha vida é tão alegre e feliz, mesmo antes da maternidade!
Eu choro, fico triste, grito, esbravejo no trânsito, mas quem nunca?
Não é porque não estou sorrindo 24h por dia que eu não seja feliz. E meu marido tem um papel essencial nisso tudo...
Sem essa pessoa maravilhosa do meu lado, não seria capaz de aguentar nem metade do que já me aconteceu nessa vida.
Não me sinto culpada, julgada ou qualquer outra coisa. Nunca senti!

Não sei exatamente o que o futuro me reserva, mas tenho certeza de que tudo o que já me aconteceu me fez perceber que escolhi a pessoa mais certa para passar tudo isso ao meu lado!
Acredito do fundo do meu coração que eu e meu marido poderemos nunca ser os melhores pais do mundo, mas certamente seremos o melhor que pudermos e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para construir uma família feliz!


"SE A SUA HISTÓRIA NÃO É COMO A DA MAIORIA E SE DISTANCIA UM POUCO DOS CONTOS DE FADAS DOS LIVRINHOS INFANTIS, FAÇA A SUA PARTE E SEJA TÃO OU MAIS FELIZ, À SUA MANEIRA!"

Beijos férteis e positivos,

Lully's